Senhoras e senhores, finalmente a explicação sobre o Iraq Body Count

Iraq Body Count é esse reloginho que está ai do lado, contando, segundo as agências de notícia, quantos iraquianos podem ter morrido nessa guerra. quando eu vi isso pela primeira vez achei um tanto quanto estranho e de mal gosto. aí eu li a explicação do cara que inventou isso e simpatizei um pouco mais com a idéia.

aqui as palavras do cara que inventou o contador no original em inglês. e a minha porca tradução: a contagem do número de civis mortos se mostra mais importante do que nunca por pelo menos duas razões: fontes governamentais, com o apoio das grandes corporações de midia tentam retrarar o advento de armas de alta precisão como causadoras de, no máximo, baixas civis acidentais e de menor importância quando, na verdade, esse não é o caso; e, a maior fonte de oposição a essas guerras “modernas” continua sendo um público geral articulado, porém não informado, que mantêm seu compromisso com a declaração internacional dos direitos humanos na guerra num momento em que a maior parte das organizações e dos ditos “experts” já não ligam mais.

depois que o professor lançou aquela história de “o que vai acontecer se a guerra parar de ser notícia?” eu resolvi dar a minha contribuição para que isso não aconteça. não só a presença da guerra não deve ser esquecida; suas conseqüências também não podem ser amenizadas. não se acostumem com os números ao lado, não são apenas números, são vidas. fiquem chocados cada vez que vocês os lerem, revoltem-se.

e agora sim, minhas palavras contra a guerra morrem aqui.

ok, eu falei que não ia falar sobre a guerra. mas pense nisso...

na verdade foi o professor de comunicação comparada que propôs essa reflexão. a guerra no iraque já dura uma semana, e há uma semana ela é capa de todos od jornais, destaque em todos os telejornais, campeã de update dos jornais on-line. mas e se um dia algum editor se cansar, antes que a guerra acabe? e se a guerra deixar de ser manchete, deixar de ser notícia?

eu ia me propor a, se isso acontecesse, fazer uma pesquisa virtual diária e publicar links para todas as notícias da guerra, especialmente se as notícias não pertencerem aos maiores veículos. mas, convenhamos, nem a pau.

(continua...)

IN A HURRY

45 minutos para chegar em são paulo antes do rodízio, e eu não estou contente com o meu outfit.saio sem dar tchau para a minha mãe, no dia do aniversário dela. lindo. e sem gasolina perfeito, vamos lá.

37 minutos e o meu carro não faz tanta curva como eu gostaria. e nem tem tanta gasolina. estou surpresa que a luz da reserva ainda não tenha acendido.

21 minutos. ei-la, a luz da reserva. cadê aquele posto da teodoro sampaio?
-aceita visa electron? completa, por favor!
-82 reais.
chega um terceiro:
-ai, gata. acabou a gasolina da minha moto, você não tem trocadinho pra me ajudar?
-(putaquepariu) não, cara, não tenho dinheiro nem para a minha própria gasolina.
-mas você não vai passar esse cartãozinho aí? pô, qualquer coisa, só pra me ajudar a chegar no trampo.
-(putaquepariumesmo) tô devendo no banco, cara. toma essas moedas.
-aíí, gata. vaelu mesmo, hein.
-(tomar no cú) vai na fé, meu irmão.

13 minutos. é nóis.

04 minutos. estádio do pacaembu. nenhum marronzinho. no lugar deles, milhaares de caminhões que não deixam ninguém se locomover a uma velocidade maior que 25km/h. odeio caminhões, todos eles (desculpa, marcolino, mas é verdade - marco é o meu primo caminhoneiro).

17:01 o portão do prédio começa a se abrir. sem baixas no front. posso relaxar. quem disse? o melhor de se estressar é que depois que dá tudo certo você ainda pode ficar estressado. ou será que é o outfit?

camilo, cadê aquele banner do parto a forceps?

todo mundo tem uma piada, uma análise, um comentário, ou a falta de um, inteligente sobre a guerra. quer saber? eu não! eu não tenho porra nenhuma a ver com isso e a minha opinião não vai mudar a vida de ninguém. então, minha última palavra sobre a guerra morre aqui. e parabéns para os aniversariantes de hoje.

iloverock'n'roll

JOSEPHINE

sueli é uma das pessoas mais doces que eu conheço. ou a mais doce. ela é a única para quem eu olho e acho que um pedaço seu deve ter sabor de chocolate. ou açúcar, mascavo. sempre que a vejo, minha cabeça começa a tocar um wallflowers. josephine / you´re so sweet / you must taste like sugar / & tangerines.

ela tem muitas cicatrizes. grandes e fortes, sempre presentes. largas manchas escuras na face, linhas brancas nas mãos e um desenho em Y na base do pescoço, como se alguém ali tivesse tentado arrancar cirurgicamente seu coração. seu doce coração. alguma coisa muito triste deve ter deixado essas marcas. alguma coisa grandiosa e triste, se não tiver sido trágica. alguma coisa que podia ter roubado toda a doçura de sueli, por ter sido grande e triste. e por ter deixado marcas eternas, que inspirariam dó, que sugeririam humilhação. tadinha.

sueli é uma das pessoas mais dignas e doces que eu conheço. e qualquer coisa que tenha tentado roubar sua doçura só fez fazê-la ainda mais doce. josephine / you´re so sweet / you must taste like sugar / & tangerines.

CARA CADÊ MEU SOBRETUDO?

eu acordava e o dia já estava claro. céu azulzão (vai dar praia, disse o edu). claro, 3 graus acima de zero. mas isso era lá fora, isso era depois. ali, na hora de acordar era só eu e o céu azul, o edredom pesado sobre o largo colchão de molas e a bolsa de água quente querendo ser morna.

sobretudo, cachecol, luva e lá vamos nós esperar o ônibus envoltas nos míseros - ínfimos! - três graus de temperatura. mas tudo bem, porque o céu está azul.

brrr... fica infinitamente mais fácil lembrar dessas situações sentando debaixo do ar condicionado da sala de redação.

PARA ONDE IR SE VOCÊ NÃO ESTÁ EM LUGAR NENHUM? - PARTE 2

olho ao redor
mas só por costume
sei que não há nada a ser visto

o chão à minha frente
ameaço um passo
com medo, paro
e se for um abismo?
respiro
se for, foi
sem ameaças começo a caminhada
o primeiro passo de uma jornada
que nem os pés sabem onde vai dar.

PARA ONDE IR SE VOCÊ NÃO ESTÁ EM LUGAR NENHUM?

conclusão brilhante depois de um momento de histeria existencial coletiva
(parafraseado da caríssima amiga carol)

menu do almoço de hoje

sopa campbell's de tomate
campbell's cream of broccolis
arroz de carreteiro tio joão
ou leite com sucrilhos
SOCORRO!

lavei a louça do fim de semana e corri para a faculdade. lá pelo menos ainda tem esfiha. de escarola.

tem noites em que é melhor não sair de casa

tem amigos que não são mais os mesmos
e tem dias em que nada disso importa
porque tudo é desejo
e tudo é saudade.

eu sou uma construção

não chega a ser falsidade
nem hipocrisia
é só um espelho
e tudo o que ele sabe de si
é fazer espelhar.

.

estou de luto pelo tuppeware que morre hoje nas minhas mãos. triste. mas também, que tuppeware que se preze tem a coragem de se suicidar na frente de uma futura dona-de-casa de família?

cancelei o oscar

porque o blog é meu e eu posso, tá? e também porque eu não quero mais falar sobre o carnaval [quanto ao pano dos confetes...]. enfim, eu fiz tudo o que eu tinha que fazer no carnaval: viajei, dancei, bebi, curti, beijei, nadei com plânctons que brilharam à luz de 10 mil estrelas, viajei mais, dancei mais, beijei menos, e voltei. sad but true, tive que voltar. e já que estou aqui, tenho outras coisas para me preocupar. só não sei o que exatamente..

enquanto a votação não acontece

quero mostrar minha indignação em relação ao fato de ter mais uma conta no banco e nunhum dinheiro para pagar. segundo o meu primeiro banco, estou em contagem regressiva para entrar no vermelho. socorro. acho que vou vender meu corpo pra sair dessa vida.

aqui jaz um post muito chato.

no lugar dele eu vou fazer que nem a tevê e vou botar um tapa buracos: PREMIAÇÃO DO CARNAVAL 2003.

CONCORRENTES:
Pouso do Cajaíba (Parati-RJ)
Ilha da Gipóia (Angra dos Reis-RJ)
Rio de Janeiro (RJ)
Barra do Sana (Macaé-RJ)

CATEGORIAS:
Melhor Cenografia
Melhores Elenco
Melhor Trilha Sonora Original
Melhores Efeitos Especiais (leia-se drogas e afins)
Melhor Beijo
Melhor dos Melhores

tá, agora eu vou fazer uma votação mental e amanhã eu conto o resultado pra vocês